OS HOMENS DEVERIAM ASSISTIR "SE A VIDA TE DER TANGERINAS"



Nota da escritora:
Oiii, minha gente! Tudo bem com vocês? Sei que sumi, e peço desculpas por isso. A vida de empreendedora, escritora e esposa está agitadíssima neste fim de ano. Prometo que serei mais frequente, e em breve o blog passará por uma transição do Blogger para o WordPress. Vou comunicar tudo em meu Instagram. Dito isso, vamos ao texto de hoje.

Bom, como alguns de vocês sabem, estou na minha era dos k-dramas e do k-pop. Também sabem que me inspiro em tudo para escrever, e os k-dramas ensinam lições valiosas demais para que eu deixe de compartilhá-las aqui.

Estamos vivendo em uma era de ataques às mulheres nas redes sociais, e do crescimento do discurso red pill. Meu blog atualmente, não é voltado apenas para mulheres cristãs, mas para o público geral. Falo de pautas sociais à luz da Palavra de Deus, de forma simples, sem impor nada a ninguém, apenas fazendo ilustrações e levando vocês, leitores, a refletirem.

Como cristã, não posso ignorar o que está acontecendo, pois sei que parte desse discurso vem de homens que se dizem cristãos, e muitos deturpam a Palavra de Deus para justificar a violência contra as mulheres.

Para o post de hoje, farei uma análise do k-drama “Se a Vida Te Der Tangerinas”, que traz uma temática muito importante. Esse k-drama emana a essência de um casamento verdadeiramente cristão, mesmo sem falar da bíblia.

 




1. A JUVENTUDE DE OH AE-SUN E YANG GWAN-SIK

A jovem Ae-sun nasceu em um cenário difícil. Perdeu os pais ainda na infância, e foi criada pelo tio que a negligenciava, na maior parte do tempo. Gwan-sik, no entanto, desde criança se preocupava com ela. Sempre que levava a encomenda de peixes para o tio de Ae-sun, percebia que ele sempre pedia um peixe a menos, o que deixava a menina sem. Então, Gwan-sik passou a levar um peixe extra, escondido de seus pais, para que sua “crush” não ficasse sem.

Conforme eles cresciam, Gwan-sik se empenhava em fazer o bem à sua amada, sempre cuidando dela e se fazendo presente, mesmo quando Ae-sun dizia não gostar dele. Ele vendia os repolhos dela na feira, pois sabia o quanto ela era tímida, e ele estava sempre por perto para apoiá-la. Em um passeio por um lindo campo de flores, Ae-sun compartilha seu sonho de morar em Seul, e se tornar uma grande escritora de poemas, dizia que a ilha de Jeju era pequena demais para seus sonhos. Gwan-sik a ouvia com admiração, valorizando cada palavra.




A época em que Ae-sun vivia, não dava espaço algum para as mulheres, e tudo se tornava ainda mais difícil por ela ser órfã. Certo dia, no fervor da juventude, os dois decidem fugir para Busan, mas a tentativa não dá certo. Ainda assim, essa fuga marca o início do relacionamento dos pombinhos.

Após retornarem a Jeju, Ae-sun é expulsa da escola, pois a fuga foi considerada imoral. Gwan-sik questiona, por que apenas ela foi punida, enquanto ele continua estudando. O tio de Ae-sun por sua vez, começa a pressioná-la, para trabalhar em uma fábrica, ou casar-se com um homem muito mais velho.

Ela chega a noivar com esse homem, pois ele promete pagar seus estudos, porém, Gwan-sik luta bravamente por ela, mesmo perante a relutância de Ae-sun, e da pressão da família dele em cima dela, a qual diziam que ela estava atrasando a vida do rapaz. Após muita luta, eles finalmente se casam e têm sua primeira filha, Geum-myeong.



2. O CASAMENTO DO JOVEM CASAL

Algo que me chama muito a atenção em Gwan-sik, é o fato de ele nunca anula sua esposa, para agradar os outros. Ele sempre a coloca como prioridade, em sua vida, algo incomum para os casamentos daquela época, e ainda pouco comum entre muitos coreanos, considerando que até hoje, há muita intromissão dos pais, no casamento dos filhos. Isso inclusive aparece mais adiante na história, com a filha deles, a Geum-myeong.

Gwan-sik não permite que sua mãe e sua avó humilhem sua esposa, mesmo o casal vivendo na casa da família dele. Essa postura coincide com o que a Bíblia ensina sobre o casamento.


Efésios 5:25-31 NVI

"Maridos, cada um de vocês deve amar a sua esposa, assim como Cristo amou a igreja e entregou‑se por ela para santificá‑la, tendo‑a purificado pelo lavar da água por meio da palavra, e apresentá‑la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e sem culpa. Da mesma forma, os maridos devem amar, cada um, a sua esposa como ao seu próprio corpo. Quem ama a sua esposa ama a si mesmo. Além do mais, ninguém jamais odiou o próprio corpo; antes, alimenta‑o e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja, pois somos membros do seu corpo. “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne.”


I Pedro 3:7 NVI

Maridos, do mesmo modo, sejam sábios no convívio com a sua esposa, tratando‑a com honra, como parte mais frágil e coerdeira do dom da graça da vida, de forma que não sejam interrompidas as suas orações.



Gwan-sik não foi um filhinho da mamãe, não foi um “princeso”. Ele se posicionou contra tudo e todos, para defender e proteger sua amada esposa. Ele fez a escolha correta, a escolha que todo homem casado deveria fazer.

Ele entendia que, seus pais foram importantes em uma fase de sua vida, mas a partir do momento, em que formou sua própria família, sua esposa se tornou sua prioridade.

Ele também compreendia, que os filhos eram sua responsabilidade, e que quando eles voassem para fora do ninho, ele e sua esposa deixariam de ser prioridade na vida dos filhos. Ao longo da trama, o casal lida com essa realidade, com a maior naturalidade, sem conflitos e sem disputar atenção com genro ou nora, ao contrário do que a mãe de Gwan-sik fazia.

Outro ponto muito importante, Gwan-sik é o provedor de seu lar. Por meio da pesca, ele sustenta sua família, compra uma casa e, posteriormente, um apartamento. Ae-sun, por sua vez, é companheira tanto nas horas boas, quanto nas horas difíceis. No período de dificuldade financeira que enfrentam, quando Gwan-sik não conseguia emprego, ela o motiva, o anima e permanece ao lado dele até que, enfim, a provisão chega.

A avó paterna de Ae-sun, entrega todas as economias que guardou por anos, para ajudar a neta e seu marido. Com esse dinheiro, eles compram um barco, e então Gwan-sik sacode a poeira, e volta à luta por sua esposa e seus filhos.




Momento Curiosidade: O ator que interpreta Gwan-sik (Park Bo-gum), é cristão e relatou que, sempre teve o desejo de ter uma foto em família. Através do k-drama “Se a Vida Te Der Tangerinas”, ele realizou esse sonho. Devido sua infância ser difícil, e pelo fato de perder a mãe muito cedo, ele nunca teve algo tão simples quanto uma foto familiar. Esse k-drama não tocou apenas os telespectadores, tocou profundamente os atores também.




3. A PERDA DE UM FILHO

O jovem casal, infelizmente passa pela dor, de perder o filho de três anos. Esse é aquele momento da série, em que pensamos: “o casamento deles vai enfraquecer, e acabar!” Mas é aí que nos enganamos. Apesar da dor profunda, eles são resilientes e seguem em frente, pelo bem dos outros dois filhos.

Gwan-sik não culpa sua esposa pelo fato, de o menino ter saído durante a tempestade, justamente no momento em que ela correu para salvar Geum-myeong, que havia caído da bicicleta em meio ao temporal.

Ele se mostra resiliente, e apoia sua esposa nesse momento tão difícil. Quando tudo parecia ser o fim da linha, esse casal nos mostra o amor do qual a Bíblia fala.




I Coríntios 13:4-7

"Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta".




4. UM EXEMPLO PARA SEUS FILHOS

A forma como Gwan-sik tratava sua esposa e seus filhos, fez com que Geum-myeong, elevasse seu padrão na escolha de um marido, e fez com que Eun-myeong, desejasse dar a vida por sua esposa e filhos.

O casamento saudável de Gwan-sik e Ae-sun, levou seus filhos a desejarem o mesmo, para suas próprias vidas, mesmo que em alguns momentos, eles discordassem dos pais.

Assim como seu pai, Eun-myeong lutou por sua amada, e Geum-myeong lutou para encontrar um homem, que cuidasse bem dela e a apoiasse, do mesmo modo que seu pai lutou e apoiou sua mãe.




A família de Park Yeong-bum, o então namorado de Geum-myeong, era rude com ela e dizia que, se casasse com ele, deveria abrir mão de sua carreira, algo pelo qual seus pais lutaram muito, para que ela tivesse a liberdade de escolher, e as oportunidades que a mãe dela não teve.

A família do namorado, também desmerecia, o fato de seu pai ser pescador. Foi então, que apesar de amar seu noivo, Geum-myeong decide terminar tudo.
@tatyane_borahae_ofc "O meu pai fiz isso".🥹❤️‍🔥 #seavidatedertangerinas🍊 #kdrama #edits #netflix #fyp ♬ som original - Tatyane_borahae_ofc💜

O que Geum-myeong não sabia, é que enquanto ela sofria, seu colega de trabalho, Park Chung-seob, a amava secretamente, e aguardava ansiosamente uma oportunidade.

Até que um dia ele se ausenta, para cumprir o serviço militar, retornando anos depois do término de Geum-myeong. Entre tantos desencontros, ele finalmente consegue conversar com ela e, com o tempo, tudo começa a fluir.

Algo que me chamou muito atenção, é que Gwan-sik nadou até a sua amada Ae-sun, e Chung-seob correu atrás do ônibus em que Geum-myeong estava, até se reencontrar com sua amada, o pai dela e o amado dela, tinha personalidades muito similares.



 

Diferente dos pais de Yeong-bum, a mãe de Chung-seob trata muito bem Geum-myeong e sua família. As coisas acontecem de forma natural e leve, quase sem que Geum-myeong perceba. Chung-seob é pé no chão, apesar de sua timidez, enquanto Yeong-bum não tinha postura de homem: permitia que a mãe ofendesse sua noiva, não se posicionava e obedecia a tudo que ela mandava, por mais arbitrário que fosse.


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Outra cena muito marcante é quando Geum-myeong corre risco durante o parto, e Chung-seob, sem pensar duas vezes (por mais dolorosa que fosse a situação) escolhe sua esposa. Algo que o ex dela jamais teria feito. 
Esse k-drama me fez chorar do começo ao fim. Sugiro que os homens assistam, há muitas lições valiosas sobre o que significa ser provedor e protetor.


Quanto às mulheres que ainda não assistiram, assistam! E não aceitem menos do que um Gwan-sik na vida de vocês, meninas. Homem de verdade tem atitude, assume seu papel de proteger. Homem que odeia a mulher, odeia o próprio Deus, pois todos nós fomos feitos à imagem e semelhança do nosso Pai Celestial.

Parem de seguir coachs, que propagam ódio. Parem de pagar por palestras caríssimas, que só repetem o óbvio, ou fingem que estão ensinando algo.

Homens, vocês são aquilo que a Bíblia diz que vocês são. Deus não criou vocês, para espalhar ódio e violência na internet. Deus não quer, que a mulher se submeta a um marido violento. Leiam mais a Bíblia, e esqueçam esses coachs vazios!

E meninas, se posicionem! Não aceitem um homem violento, em suas vidas. Deus não quer Suas filhas sofrendo. Resguardem-se!


Quero encerrar este post comunicando que haverá continuação, abordando outros pontos muito importantes deste k-drama.

Aproveito para agradecer ao meu esposo, Lucas, por ser um Gwan-sik na minha vida, e quero parabeniza-lo por nossos 4 anos de casamento, no próximo dia 15 de dezembro. Te amo, meu amor. Você é um presente de Deus para mim, muito além do que um dia sonhei e orei. Te amarei para sempre. 💖

Que a Paz de Cristo, seja com todos. 💕

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2 Comentários

  1. Eu ainda não assisti esse dorama!! Mas achei tão necessária essas observações que estou com ele no topo da lista de próximo dorama a assistir

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